sábado, 25 de outubro de 2014
=/
Eu te amei muito. Já te disse muitas vezes, como você também me disse, e acho que
você soube que era verdadeiro. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar.
Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter
vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se
encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais
haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que
você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as
vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis
de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um
dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso
contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem
ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor
e ternura que eu tinha — e tenho — por você. Acho que é bom a gente
saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.
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